terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aventuras por terras da Maria, a Santa

Aldeia que se preze tem a sua junta de freguesia, tem o seu café central com uma televisão perto de um pequeno jardim, tem um velhinho desdentado num banco desse jardim, tem velhotas sentadas nas esquinas das casas, tem crianças a conta gotas, e uma igreja.

Por isso os locais que procuramos ficam, a duas rotundas da junta, a 100 metros do jardim, por detrás da igreja ou a duas curvas para a direita da escola.
Quanto às velhotas sentadas, vão-nos dando as indicações, mas com o dedo bem apontado, que vai desde o nariz até à extremidade que nos quer mostrar. Velhotas com sotaque, com rugas nas mãos e na cara, que, por verem jovens a perguntar um caminho ficam contentes por ter algo do que falar.
Aldeias que parecem esquecidas, mas quando se vê as instalações das escolas, embora as crianças não tenham telemóveis, como na cidade, computadores, como na cidade, embora estejam sujas porque podem correr junto da natureza, têm o coração cheio de amor e os lábios lambuzados do iogurte do lanche, percebe-se que as aldeias não estão assim tão esquecidas, que o tempo e a evolução também passam por ali.
Quando saímos da cidade há sempre um Meu Deus que sai da boca do Daniel, e prosseguimos o caminho até chegar à nacional onde solta um Valha-me Nossa Senhora, talvez pela loucura que é tentar conduzir perto de camiões, e quando estamos mesmo perdidos, sem saber para que lado é a próxima escola, quando já passámos por 3 cruzamentos e nenhum indica o caminho, o Daniel grita um ai Jesus, e logo nos aparece a resposta, a Igreja onde está o Cristo Rei, e perto dela dois senhores dentro de um automóvel que nos dizem, não sabe o caminho? Venha atrás de nós! E claro, a escola ficava a 100 metros da curva, que ficava a 100 metros do café, perto do jardim onde está um velhote que diz, menina é aí mesmo, só precisa de virar naquela rua à direita e encontra logo a escola onde estuda a canalhada.

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